quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Diário de Lisboa

Não resisti a publicar sem autorização algumas fotos do Artur. Ele há-de perdoar; é por uma boa causa.
 

Se não têm oportunidade de ir a Lisboa tantas vezes como desejariam - eu não tenho infelizmente - estes momentos que o Diário de Lisboa nos mostra levam-nos lá de uma forma fácil. A imaginação...
 

Boas fotografias. Sexys, elegantes ou mesmo extravagantes... Espaços dignos de visita, cheios de sabor e aromas que fazem flutuar sensações. Locais dos quais o meu Pai me fala quando do seu tempo de estudante em Agronomia. Imagens cheia de cor, pormenores vulcanizantes, ângulos ou campos de visão de se lhe tirar o chapéu. Pessoas e muita gente, gira. Objectos de moda, design. Coisas novas, modernas, vintage. Flores. Muitas flores. Bicicletas. Lojas. Tudo pela lente do Artur. E a sua outra Lente é aqui

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ao Norte

Como há muito tempo não o fazia com tal intuito, decidi ao chegar a casa do tabalho, depois da uma hora da manhã, (isto dos turnos são cenas que me transcendem.) ir no dia seguinte à Cafezada do Norte. 10h00m no Edifício Transparente.
 
Tinha o Domingo todo livre mas o despertador natural tramou-me. Sem tirar o pijama vesti umas calças de ganga e as velhas All Star. Parka. Gota. E siga! Aconcheguei o colarinho e calcei as luvas a meio da condução até Aveiro. A EN109 até Espinho ainda não enjoa. Cruzei-me como o Transilvânico Igor na sua PX (o nome dele faz-me logo lembrar uma música dos Tédio Boys em que o Igor é um peculiar Vampiro)
 
O tempo de viagem já não iria permitir cumprir o estipulado como ponto de encontro. Já na A29 acho graça aos imensos motociclistas "dos grandes" pois já num dos últimos Domingos que fiz este acesso ao Porto no Vespão, cruzava-me com eles. Quase de certeza que vão para o Furadouro. Sei que há ali grande ajuntamento destes aficionados. Com o avançar da hora e na esperança de ainda lá estarem no cafezinho e treta, sigo sempre em AE até Matosinhos.
 

Junto á Anemona apreciando o frenesim domingueiro junto à Praia. Muitos Surfistas.
 
Girei a Rotunda da Anémona várias vezes e percorri a Avenida frente ao Mar de gargalo no ar tentando vislumbrar a Vespa Cosa Laranja ou A Podre do Paulo Viana... Nada! Às 11h30 já não haviam de ali estar à minha espera - esta malta quer é calor e rolar! Como se tinha falado em Angeiras, pus-me ao caminho e valeu a pena pela paisagem, cheiros, pessoas... religiosidades à Beira Mar. Mas não dei com ninguém... Soube posteriormente que seguiram em destino contrário: Cais de Gaia. Realmente passei lá mas já mais tarde. No regresso de Angeiras passei pelo MMM e visitei a montra dos amigos da VeloCulture. Junto à Lota senti o cheirinho bom ao peixe assado confeccionado ali na rua e pertinho das soalheiras esplanadas de vários restaurantes cheios de tipícidade... já ia.
 

Pertinho da Refinaria em Leça. Viam-se labaredas...
 
 
 

As três fotografias anteriores são junto à Capela da Boa Nova em Leça da Palmeira. A tal religiosidade à beira mar que acho tão peculiar e demonstrativa de Fé e Devoção das Gentes do Mar.
 
Sem contactos telefónicos de alguém que estivesse presente nesta Cafezada resignei-me e fui descendo pela Foz. Cruzei-me com um enchouriçado scooterista numa LML/PX preta e parei  antes da Ponte D. Luís e depois do Cais de Gaia, para umas fotografias da Bela e Invicta Cidade do Porto.
 

Mais religiosidades à Beira Mar. O Senhor da Pedra talvez seja a mais conhecida mas como não conhecia as Praias a Norte de Gaia, fiquei impressionado pela positiva com a beleza destas Praias e com as edificações religiosas erguidas em pleno areal. As águas são frias de certeza mas a visita no Verão fica prometida.
 
 

Aqui precisei de gota e em vez de ir pela A29 de novo, sigo para Espinho e continuo ziguezagueando enlatados pela Estrada Nacional, acabando por curtir uns bons quilómetros num domingo solarengo mas bastante frio. Prometo que para a próxima o despertador não é o natural e chego a tempo para estar com esta malta tão activa do Norte.
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Anarchicks

Existem projectos que se vêem crescer e quase nascer, que não me levam a fazer nada por eles, outros que pelo seu potencial merecem ser acarinhados. O caso das Anarchicks foi o segundo, não só a música é actual como a banda respira uma boa onda contagiante e uma vontade de trabalhar para chegar mais longe. Ainda para mais, num meio que é considerado muito masculino, apanhar com 4 miúdas com vontade de rockar e faze-lo pelo simples prazer de o fazer é algo que me deixa de sorriso rasgado.  
Nuno Calado

Se a música é uma arma , elas são o gatilho!!
 
4 Miúdas juntaram-se em 2011 para fazer uma Revolução.
1 Guitarra, 1 Baixo, 1 Sintetizador, 1 Bateria e 4 vozes dissidentes chegam para semear discórdia e inquietar os ouvidos da multidão.
Disparam música em todas as direcções, sem preconceitos nem compromissos: Anarchicks não dão satisfações a ninguém! Desde o Pop, Punk, Funk com cheirinho a Kuduro, Disco, Rock oblíquo com tendências Psyco, Gothic trips, and so on, and so on...
 
Elas são:
- Pris, aka Playgirl (voz, baixo e synth), fundadora do projecto de electrónica rock Press Play, tocou baixo e synth em U-Clic e também faz actualmente parte do projecto Ilplaygirl.
- Helena aka Synthetique Red no baixo, synth e voz, fundadora dos extintos Mediatic Slaves, foi também baixista/teclista de vários projetos e faz actualmente parte do projecto de música electrónica After101.
- Catarina aka Katari na bateria tocou em Act of Anger e Living Dead Act, 2 projectos da cena Margem Sul Hardcore, recentemente colaborou com JESUS K & the sicksicksicks é, actualmente, também baterista e vocalista no projecto CASAL VENTOSO.
- Ana aka JD, na guitarra e baixo, foi membro fundador (baterista) dos Random Notes, um projecto Funk, guitarrista em Too Much To Touch e actualmente, além das Anarchicks, está em Oh! Darling, um projecto de tributo a Beatles, como guitarrista/teclista. De resto, também produziu umas faixas para Plastic Poney.
 
Depois de lançarem o EP "Look What You Made Me Do" por si próprias, lançarão em Janeiro de 2013 o seu primeiro longa duração intitulado "Really?!" pela Chifre. Gravado nos Blacksheepstudios por Makoto Yagyu (Paus, If Lucy Fell) e Fábio Jevelim (Riding Pânico), com mistura e masterização de Pedro Chamorra (Voxels) que tem também no seu currículo a mistura de músicas do álbum Komba dos Buraka Som Sistema. Já disponível está o primeiro single, Restraining Order, a ser retirado deste futuro álbum.
 
Texto com a cortesia: Chifre
 

Uma caixa cheia de música foi o que a Chifre nos proporcionou na noite de 25 para 26 de Janeiro no Musicbox.
Se o mote era o Girl Riot, o aperitivo serviu-se no masculino com os Twinchargers com analogias a um rock de garagem e com uma prestação cheia de feeling, que serviu na perfeição para aquecer as hostes e deixar boas indicações para o futuro.
Estavam assim abertas as festividades, enquanto se ultimavam os preparativos no backstage, para a entrada das Anarchicks que iriam tocar para uma sala esgotadíssima, deixando do lado de fora dezenas que perderam a oportunidade de se juntarem a esta celebração.
Com uma parte cénica a mostrar-nos filmagens das intervenientes, conseguiram criar uma atmosfera descontraída e real do universo Anarchicks. Palheta no decote, baquetas à cintura e franjas aprumadas, dá-se assim início ao concerto com uma intro original e feita para a ocasião.
Executam freneticamente e com garra, desenvoltura e consonância as músicas do álbum em questão, passando também pelo primeiro EP, “Look What You Made Me Do”, através dos temas «Bored» e «Endless Love», havendo como bónus um tema original que poderá fazer parte de um próximo trabalho – «And it feels good too», assim como a presença muito saudada de Da Chick na música «Dance».
Seria com «Restraining Order» – música do single e videoclip, que o público entraria de feição naquele que já estava a ser um concerto em que o pé não parava e que foi feito sempre em crescendo, com a banda e o público a entrarem em sintonia e a acabarem em união de facto num encore com a repetição do single e uma música nova – «Daddy was a punkrocker» que, mesmo em fase embrionária, fizeram questão de partilhar e que funcionou como ponto final para esta noite e vislumbre do que poderemos esperar num futuro próximo destas Chikas.
Se houve peripécias e tombos acidentais, mas bem contornados, diremos então que não tentem “empurrá-las”, porque elas estarão sempre prontas a levantar-se!
 

A Rua de Baixo conversou ainda com as Anarchicks ainda no seguimento do lançamento do novo álbum “REALLY?!”, fez perguntas sobre factores importantes para a banda e avança com algumas opiniões dos seus quatro elementos, as quais transcrevemos abaixo:
Dêem-nos uma definição do que acham ser este álbum e de que forma ele se torna uma motivação
Helena (Synthetik) – O álbum… é o primeiro capítulo de um livro que espero ser longo… É o resultado da nossa química musical e de nós mesmas, de tudo o que demos à música. Este é o concretizar da nossa vontade de tocar, de compor, de vibrarmos com a música que fazemos. E logo, também, é um grito de vontade e de liberdade, em fazermos o que queremos na vida, e de lutarmos pelos nossos sonhos. Queremos convidar toda a gente a partilhar a música connosco e, se gostarem, a fazerem parte desta história que estamos a escrever. Miúdas, venham tocar!
Expliquem-nos: como têm reagido a todo este hype, e de que forma isso vos influencia?
Nós não nos preocupamos muito com isso e nem ajudamos a criar o hype. Pelo contrário até, queremos provar que somos mais do que isso, que estamos aqui para ficar, e não somos uma moda passageira, e que o nosso valor e o que nos move é a música e é isso que é importante para nós.
De onde e como surgiu o nome e participação de Da Chick?
Priscila (Pris) – A Da Chick estava presente num concerto que demos na Officina no Dia da Mulher. Perguntámos-lhe se queria improvisar connosco numa música chamada «Rockstars», ela aceitou. Mais tarde lembrámo-nos de a convidar para participar numa faixa, nomeadamente a «Dance».
Relativamente aos StoryTailors, de onde surgiu a ideia de filmarem lá o videoclip?
Pris – Nós demos um concerto na loja, na Lisbon Week, e adorámos o espaço. Falámos com eles e eles aceitaram.
 
O que não “se enquadra” nos vossos objectivos enquanto banda?
Catarina (Katary) – O que não se enquadra nos nossos objectivos enquanto banda… Segundo a minha visão pessoal (porque nunca falámos muito aprofundadamente sobre isso):
- Vender a alma
- Fazer playback
- Fazer coisas com as quais não nos sintamos confortáveis
- Agradar aos outros sem nos agradar a nós próprias
- Não sermos livres
- Parar de fazer música compulsivamente… Isso não é para nós!
Qual a importância do vosso passado como músicos no presente projecto?
Katary – O nosso passado tem importância no nosso presente musical. Foi ‘ele’ que nos trouxe até onde estamos: a fazer música com as Anarchicks. As vivências que tivemos em tudo desenharam o nosso perfil pessoal e musical. As pessoas com que tocámos, as músicas que fizemos e ouvimos, tudo isso está impresso no nosso ADN, como uma tatuagem que nunca vai sair. Sinto que até os episódios mais, aparentemente, insignificantes, tiveram a sua cota-parte para ser o que sou hoje enquanto músico. Os álbuns que rodaram em loop na minha aparelhagem, as bandas que idolatrei, está tudo inscrito na música que fazemos.
A música para vocês é uma “arma” em que sentido?

Ana (JD) – A música é uma arma no sentido em que serve para mudar mentalidades e, no fundo, mudar um pouco o mundo.
Qual o panorama actual aos níveis nacional e internacional para as Anarchicks?
JD – Esperamos muitos concertos, e muita música nova. Espero também começar a quebrar a barreira desse “País chamado o estrangeiro”.

Texto com a cortesia: Rua De Baixo

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Outro Vermelho - V5



Esta foi uma motorizada mítica. É. E hoje dei umas voltas neste belo exemplar. Vermelha. Anos 60.
O João emprestou me a V5 para uns quilómetros e fizemos umas fotografias junto do Aquário de Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo. Vale a pena a visita. Experimentem.
 

A primeira sensação é que estamos ao comando de uma mota grande. A posição de condução imprime o peso do corpo para os braços, mas esta foi bem estudada ergonómicamente e não oprime.
 
O gesto de alçar a perna e ter o combustível quase junto ao peito ou dar ao Kick Starter assim desta forma foram sensações que não tinha há muito tempo. Habituei-me às Scooters... A direcção é firme e o acelarador coopera subindo rápido. A 3ª velocidade dispara como relâmpago! A engrenagem das velocidades requer habituação, principalmente nas reduções. Mas chega-se lá em pouco quilómetros.
A pequena motorizada mostra-se grande no momento de travar. A frente não vibra nem sequer afunda com a travagem firme, é segura e rápida. Está bem afinada. É dos modelos mais bonitos das V5 e as suas linhas já todos apreciaram.
Da minúcia dos irmãos mecânicos notam-se os pormenores que os caracterizam e o toque de quem conhece a cartilha e os mandamentos. O Pai deles conta-nos à porta da sua Oficina - que mantém aberta ali há mais de quarenta e tal anos - que de ouvir as motas e motorizadas a passar na Estrada, sabia só de ouvido qual era a sua maleita. Pudera... Cresceu a ouvir motores. O Pai deste octogenário já negociava no ramo e tinha a Oficina ali na EN109 no extremo Noroeste da antiga Vila.
 

Estas imagens mostram o que ao vivo se confirma de melhor maneira. E o João trata bem dela. A mesa da direcção e todos os cromados brilham num Sol envergonhado de Inverno e aquelas quadrículas que tanto fascinam, dando o look racing que caracteriza em particular este modelo, sempre luzidias. A mecânica sempre bem oleada e tudo a funcionar na melhor perfeição. Reparei nos pormenores dos símbolos do peculiar depósito e na sua tonalidade em sintonia com o fundo do Mostrador do Conta-quilómetros ou nos parafusos todos novinhos e em inox... Todas as borrachinhas e nos locais certos.
Quando se fazia, fazia-se bem. Em Anadia na SIS Sachs e em Portugal fizeram-se coisas destas e agora fazem-se restauros e recuperações de História como esta do Stand Vidal desde o Avô destes Irmãos.
 

A Vespa do Senhor Élio




Muito provavelmente terá sido esta uma das razões que me levaram a ter uma Vespa...
 


É o Senhor Élio. Mora na Rua da minha Avó. Todos os miúdos daquela altura o conheciam e ainda hoje se lembram dele. Gostavam daquele senhor castiço e simpático que se deslocava para o Ciclo Preparatório de Ílhavo, numa multi-funcional Vespa Sprint. Está hoje exactamente igual ao que me lembro dela, tinha aqueles dois espelhos redondos e de hastes compridas, qual libelinha, borboleta ou joaninha... mas na traseira tinha uma pequena invenção, que hoje já não tem, do faz-tudo-lá-da-escola: um pequeno cardan onde podia ser atrelado um reboque que servia para transportar as mais variadas mercadorias. Sua Esposa teve uma Mercearia, como hoje se vê poucas. Lembro-me de ver o atrelado carregado de erva para as ovelhas que haviam neste terreno, junto ao qual tirámos hoje, estas fotografias homenageantes.
 

Cá está ele todo vaidoso montado na sua Sprint. Hoje é de um menino - como ele diz - que é muito bom rapazinho. O João restaurou-a no Vidal Stand como eu também fiz com o Vespão. E falei dela, no último postal e aqui. Abraço aos dois.
 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Resenha Histórica

Esta foi a resenha histórica que enviei ao Vasco para ele fazer o ARTIGO. Sim. É como se fosse para um jornal ou uma conceituada revista. É um Artigo. E como todos os outros têm sempre um toque próprio. Jornalístico? S800 é o seu alter-ego, respira scooter e vive no Offramp
O Vasco é o Opinion Maker da C.S.C.N. O Piloto-de-Testes Oficial. O Homem é imparcial e aborda as Scooters sempre de forma diferente. Os seus textos de verso sublime imprimem-nos para os seus cockpits e fazem-nos sentir o seu motor, os seus pormenores, as suas manhas...
 
"Ora o Vespão!

Do início?! Ok. Andava no Ciclo e o Sr. Élio - o Contínuo, tinha uma 150Sprint cinzento metalizado que me fascinava com as suas formas curvilíneas, contrapondo com as vulgares motorizadas nacionais da época.
Com 14 ou 15 anos trocava correspondência com uma amiga de infância, que vivia e vive em Lisboa; nessa cartas fazíamos desenhos de vespinhas.
Aos 16 anos um colega de escola mais velho, conduzia uma Large Frame que me apaixonava... Era vermelha como o Vespão. Sonhei...

Durante anos buli nas férias grandes com variados objectivos: uma boa BTT (é uma Sunn de 1999 toda xpto, está operacional, rolou muito e rola), uma Renault 4L (compra e restauro) que infelizmente já era... e outras coisas.

Depois da Universidade e com o primeiro emprego, precisava de um substituto para a velhinha Famel Zundapp Z2 do meu Avô. Tirei a Licença Camarária só aos 18 anos e à rebelia dos meus Pais. Foi pau para toda a obra e ganhei com ela o bichinho das viagens... Sim viajei muito com ela e com amigos.

Só aos 20 anos tive carta de carro e consequentemente de mota. Conduzi as de esses amigos. Outras não Vespa.

Aos 25 e juntando uma corôas dos primeiros ordenados, atirei-me de cabeça. Não conhecia a C.S.C.N. e não tinha de lá amigos... Fui à Meca dos Restauros-Como-Deve-De-Ser em Ílhavo (Vidal Stand) e apenas queria uma motinha pra curtir... O discurso normal de um profissinal levou me a acreditar no inevitável e ainda bem, de nada me arrependo. "Faz tudo de uma vez". Sabem o que isso quer dizer.

Apareceu lá uma gasta Vespa sem bancos, roda de trás ou cabeçote, entre outras coisas. Muito pó e nhanha depois o motor descobriu-se de carters partidos e sem volta a dar... Na oficina existia um motor 150Sprint foi refeito e como novo está ainda no Vespão.


Fotografia do Vasco
 
Na passagem de proprietário soube que o Vespão veio da Marinha das Ondas. Ficou vermelha como o chassis gasto ou como aquela que em 1996 estacionava à porta da Escola Secundária de Ílhavo.

Como manda a cartilha é tudo como à nascença; o original de 1968.

Com o acumular de quilómetros mudei ou reformulei várias coisas não irreversíveis: Banco Tipo Corsa com interior modificado e rebaixado para maior diversão na condução. Descanso lateral Buzzetti e espelho no avental, que ajuda muito nas viagens em grupo. O escape é um Sito Plus reforçado na curva, rebaixado no bocal e no aperto ao cárter. A embraiagem foi modificada especialmente para a minha condução, tem cruzeta nova e carreto de 2ª também (excesso de estrada).

O cilindro é o Piaggio original em ferro e o pistão tem a cota máxima para um cilindro 150cc e que não permite mais idas ao torno. Tem só dois transfers e não estão mexidos. O carburador é o 17/20 Dell'Orto original. Tem a peculiaridade da afinação ser feita com recurso a ferramentas específicas de Relojoaria, que são utilizadas também para aperfeiçoar os giglers. Minúcia dos Manos Vidal.

Mistura a 2% com óleo mineral Galp a 4,95€ - só uma agarradela por esquecimento do mesmo num abastecimento demasiado rápido...

As suspenções foram colocadas novas em 2005 e lá estão com sinoblocos novos postos há poucas semanas . Tem um condensador extra à saída do prato que melhora a corrente ao motor e não danifica platinados.

Acho que está tudo e não falta nada! No meu blog tens lá mais umas curiosidades:
 banco e escapecondensador e sinoblocos e
 a agarradela.

Apita se necessário. Grande abraço."
 

O Vasco no Test-Drive ao Vespão.
 
NOTAS: A Sprint do Sr. Élio rola 100% Original, restaurada também no Stand Vidal e é de um amigo aqui de Ílhavo. A amiga de Lisboa é a Filipa da Port'Art.
 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Cris Cofitis - Vespa

"Vespa scooters are a milestone in the 2-wheeled world with their iconic design which is as simple as it is unmistakeable. However, their classic attire can be transformed into something new, with a character so striking and unique that it really makes us gape in awe. And the Guardian, Pulsar Projects' steampunk Vespa is such a scooter." in: Autoevolution.com
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criada pelo escultor grego Cris Cofitis, a Guardian é  mais do que uma peça de relojoaria, é uma Vespa que não esperava ver. Com um cuidado meticuloso e cheia de detalhes mínimos; não fosse eu um Escultor (adormecido)de formação, diria que era impossível conseguir criar uma scooter que se assemelha mais a uma Escultura sobre rodas do que a mais nada!

O que é ainda mais impressionante é o facto de Cofitis ter sido capaz de manter todas as características vintage da Vespa; como o seu avental enorme e os gordos balons, enquanto ao mesmo tempo, não deixou absolutamente nenhuma parte inalterada.

Esta Steampunk Vespa da Pulsar Projects é ainda mais sedutora por causa de todos os elegantes detalhes: longe de simplesmente carregar todos os tipos de peças de metal escovadas e polidas, com variados parafusos e rebites sobre uma scooter clássica, o Escultor fez pleno uso da sua experiência como designer de moda para apurar cuidadosamente tudo no lugar e manter um equilíbrio maravilhoso entre arte e mecânica.
 



Granadas e balas de grande calibre podem observar-se em alguns dos soberbos pormenores desta peça de relojoaria. Também na foto superior, podemos ver o filtro da gasolina e o respectivo depósito num novo local. Incrustações de pequenos LED ou o peculiar sinalizador de STOP e outras fotografias podem ser vistas aqui.
 


Além desta criação, o Escultor oferece-nos na Pulsar Projects todo o esplendor da sua arte. Podemos observar outras motas custom: Iron Horse é outra Vespa; bem como peças de design, engenharia ou artefactos da mesma linguagem artística.
 

TOOL on Vespa

Gosto de Ferramentas... TOOL eh eh eh! Acordei bem disposto!
 
TOOL é uma banda de Heavy Metal, embora a etiqueta não assente bem. Os media abordam pouco a cultura out of mainstream e principalmente o METAL, ainda mais se for alternativo e/ou progressivo. As etiquetas são limitadoras, algo que estes magníficos não são, testemunhados pelas suas criações de rara beleza. Vale a pena ouví-los mas valerá sim, ter os discos e ver o que nos mostram. Bom. Muito bom grafismo. Arte. Não é por nada mas a formação destes Homens é Artística e transparece por todos os lados... E pode-se usar como objecto de entertenimento. Mais aqui e oficialmente aqui.
 

Esta é uma das imagens que se podem ver no original do 10.000 days e que atravéz de uma lente inserida no próprio booklet podemos observar em 3D, levando-nos por inimagináveis atmosferas...
 

Já por uma vez aconselhei a audição desta banda. Pois então coloquem a bolachinha brilhante na gavetinha do vosso Sonoro Equipamento, rodem o botão quase todo para a direita, aumentando consideravelmente o volume e previnam os vizinhos! Afastem os cristais. (Ou não. E terão belos efeitos especiais!) Refastelem-se num sofá ou mantenham-se de pé esgrimindo um headbanging feroz e um soberbo air guitar!! Lindo!
 

Ahh! E não pensei que isto caiu do céu só por cair! TOOL é tão bom que os rapazes até se deslocam de Vespa e... caem, partem costelas e é um mal menor... Passo a transcrever: "It’s been six years since alt-metal band Tool’s last release, 10,000 Days, but fans may have to wait a bit longer for the follow-up due to a pair of Vespa crashes in recent weeks.
Last week, the following news was posted to the band’s website:The New Year started off on a bad note as far as writing and arranging sessions for Tool’s next record. For the most part this was due to a ‘minor’ accident on a Vespa scooter by a certain band member that resulted in several broken ribs and a dislocated shoulder. Because of the physical nature of the musical instrument involved, 9 DAYS of jamming were lost, although I’m happy to report that the person involved is recovering nicely…
Yes, Tool is so hardcore that several broken ribs and a dislocated shoulder is a “minor” crash.
This was not an isolated incident, as the post also states: Coincidentally (?), a few days prior to the mishap on the scooter, another person involved with Tool also wound up in the hospital after crashing his Vespa in Hollywood. Although he suffered a head injury"... Retirado de: Scooterfile.com
 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Outra vez? Claro!

Ainda falta mais de um mês mas a ânsia de curvas e alfalto negro de adrenalina minimizada pelo vento da Serra, faz-nos (No plural. Sim porque de certeza, não sou o único a quem este passeio evoca deleites de prazer ao comando de uma pequena scooter...) pensar e programar antecipadamente a participação neste evento do VCL.
Não sei será só dos locais pelos quais passamos, do trajecto ou da paisagem, se é do desafio da subida ao ponto mais alto de Portugal Continental ou do frio e da época do ano... mas é bom.
 
Fica a sugestão para meio de Março ou a recordação de edições anteriores.


Nota: Já fui duas vezes ao Albertino em Folgosinho. Gostei. Mas... E porque não romper a "tradição", deixar a Carne Para Canhão e experimentar um Almoço Tradicional nas Casas do Cruzeiro no Sabugueiro?! VCL?! Checkem os links.
 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ela



Começou a andar de mota antes de mim, há muitos anos. Mas tem-se escondido sempre no banco de trás e era só a minha fiel pendura. Hoje passou ao comando e fica-lhe bem o Vespão. Sabe bem.

Voltinha Higiénica II

É preciso higienizar. Higienizar bem para não criar musgo, maus cheiros ou doenças venéreas... Foi isso que fiz e com amigos. Assim vale a pena. A conversa flui e o que nos move até nem se torna no principal assunto. Não se falou de carburadores, dos quilos de ferramenta, curvas de potência ou medições aritméticas. Mas falamos da Lambretta da mãe do Ricardo, da 50S da João e da viagem que se programa a Marrocos para antes do Ramadão...
 
Café na Guest House, junto ao Canal dos Botirões em Aveiro. Toque a Reunir junto ao Farol e sempre junto à Ria até à Praia de Mira, passando na Costa Nova.
 


Hoje quem comandou a Tropa foram elas! Sabe bem...


Escolheram o destino e a ementa. No Texas Bar, onde já havia estado noutra ocasião. Petiscos caseiros e alentejano tinto. Correram quilómetros de conversas e o frio asfalto fez-nos regressar a casa sem stress e prontos para mais uma semana de trabalho. Queremos mais.