domingo, 25 de novembro de 2012

Artimanhas II

Ora eu desconfio que a moda passou, mas com eu sou um gajo démodé...

Alguns já tinham topado qualquer coisa aí numas fotos pela blogosfera, mostro-vos agora um farol extra e a funcionar no Vespão.


Montado do lado esquerdo, como não podia deixar de ser, este farol ajuda realmente numas incursões nocturnas em estradas menos iluminadas ou onde a escuridão é total (excepto quando está Lua Cheia! Prá semana não o uso.) É um farol em chapa cromada com tampa em plástico, estilo rally dos anos 70/80, custou perto de 20€ numa casa de peças. Lâmpada H3 de 35W.
 


Podem observar a capa do farol, o pequeno interruptor a peça de selim de pasteleira na frente do avental e a peça em alumínio que vem de trás para a frente onde vai apertar o farol.
 
Como a minha scutra funciona a 6V optei por montar uma bateria extra no espaço livre da roda suplente. Fica escondido atrás da capa e não atrapalha, caso necessite de a retirar num furo. Comprei uma bela duma bateria das boas, de 12V. Fiz um apoio à maneira em alumínio, que aparafusei num apoiozinho com rosca que está no apoio da roda suplente.
 
Cá está a roda suplente sem a capa, para poderem visualisar o apoio. A bateria encaixou na perfeição e estava bem presa mas coloquei um elástico aos quais apelido de Trapizombas, para maior segurança.
 
O circuito eléctrico está interrompido por um fusível (prevenir é um bom remédio, já que a lâmpada custou os olhos da cara!) e à entrada do farol coloquei um interruptor estilo helicópetro! Pumba!
 

Nas fotografias em cima pode ver-se em pormenor o fusível e o interruptor. É só baixar o braço e em andamento, ligar o potentíssimo farolinho!
 
A fixação ao chassis foi testada com peças de selim de pasteleira mas fui obrigado a maquinar na N.P.G.L.C uma chapinha à medida. Reaproveitei os restos do apoio da bateria e voilá; o afastamento ideal para as várias afinações desejadas... Pumba! Mas usei na mesma uma das peças de selim, mais abertas na curvatura. ambas estão com borrachas nas pontas para proteger O Vermelho.
 
Na última fotofrafia temos todo o conjunto; apoios, interruptor, cabo de alimentação, etc..
 
NOTA: Perguntam vocês; ahh e a bateria descarrega pois não está ligada ao circuito do motor! Pois descarrega!! Retiro os cabos e carrego-a na N.P.G.L.C. com um carregador próprio para baterias sem manutenção. A vida útil da bateria é bastante alargada desde que se faça a devida manutenção e seguindo as especificações da marca.

OBstacle SYStem

Esta é a suspensão que equipava a minha Sunn. Fiel e que deixa muitas saudades.  
Passado dez anos e sem peças de desgaste para troca, fui obrigado a deixar de lado os 55mm de curso, sempre suficientes e nunca comprometedores em qualquer piso ou situação mais extrema. Funciona apenas a ar e óleo, conforme a pressão alterava a rigidez para o tipo de piso ou condução pretendido.
 
Agora tenho uma americanice numa bicicleta francesa mítica e do tempo do Max. Falhei! Pois falhei... Mas alguém sabe onde existirão peças de substituição para ela? Retentores, vedantes ou os pequenos parafusos para insuflação do ar?


Ainda ouço o leve sopro do seu trabalhar em subidas ígremes de calhau, o baixo curso mantinha a sua frente sempre no trilho em qualquer subida "impossível". Adorava subir com ela, agora e apesar de 80mm não ser muito, notam-se numa bicicleta em aço cromo-molibdénio, vulgarmente dito Cromoly. (São aqueles quadros de tubos mais estreitos e que hoje ainda não troco pelo alumínio. São leves, não tanto, é claro e confortavéis devido à elasticidade da liga de aço que utilizam. Quase não se nota a ausência do amortecedor traseiro das bicicletas de suspensão total, sem o uso para o cross, e mesmo o mais radical. E sinceramente e sob a minha opinião, resultam em quadros mais bonitos e de linhas mais belas, devido ao diametro mais reduzido dos tubos...)


Esta OBSYS55 é uma edição especial. As que equipavam as Sunn da altura eram todas pretas e esta, assim como apenas outras 400, foi produzida em branco. comemorativas de quatro campeonatos do mundo de XC.
 
Só queria mesmo é que voltasse a funcionar e a dar-me o prazer de ouvir o seu sopro a sair das curvas mais apertadas ou de sentir a sua firmeza num sprint...
 
Review de 1999
 
-Rigidez lateral
-Sistema anti-bombear
-Adaptabilidade
-Projecto progressivo, anti-assentamento
-Qualidade de fabrico
-55 mm sempre suficiente
-O-ring na baínha bastante útil
 
Esta suspensão é um projecto verdadeiramente bom para cross-coutry. Apenas os solavancos provenientes do eixo do "garfo" são absorvidos, daí não bombear em tudo e quando pressionas sobre o guiador para os lados. O "garfo" leva grandes e pequenos pancadas e nunca "bate no fundo". Pode definir-se a dureza com a bomba de mão, não podes fazer isto com molas. O arco e as pernas são maquinados em CNC. São muito fortes, na verdade o "garfo" é muito mais duro lateralmente do que a minha anterior R.S.... O O-ring em torno de uma das baínhas é uma óptima ideia para saber que curso é usado depois de um passeio/treino. As instruções que vêm com o "garfo" são extremamente detalhadas, inclusivamente o torque usado para cada parafuso. Grande peça de design com muitas ideias originais.
O que mais pode ser dito de uma suspensão que ganhou quatro campeonatos do mundo de XC?
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Magusto VCL

Nos dias anteriores prometia-se chuva, mau tempo incessante... Eu queria ir. Fui. O Sol mostrou-se envergonhado pelo frio. À noite, na vinda, cortava bem.
 
Ao meio-dia dei ao kick's e meti-me na estrada. A madrasta EN109. Detesto-a pelas melhores razões. Há dois "eventos grandes" na zona da foz do Mondego... Faço esta estrada muitas vezes e odeio sabê-la de cor!
 
O Vespão tem andado a portar-se bem. A estrada quer senti-lo sobre o seu asfalto e desgastar-lhe a borracha aos S83. Por acaso até preciso de uns novos!
 
Consumidos mais de 150 kms páro para meter gota, aconchego o pescoço, reaperto o casaco depois de um café e sigo sempre o IC1. Há uma zona que muitos devem conhecer, em que o negro do alcatrão dá lugar a um miserável e perigoso piso de cimento com uns peculiares desenhos de linhas ondulantes no sentido da marcha. Hipnotizante circulando à velocidade estonteante de 80 ou 85 km/h numa Vespa! Mal o menos,tal era o vento forte em rajadas constantes ora da esquerda, ora da direita. Nunca o apanhei a favor... nem à vinda já noite dentro. Entrei em Lisboa pela EN10 e depois de uma série de túneis cheguei à Av. Infante Santo e à sede do Vespa Clube de Lisboa às 15:45 horas.
 
Fui bem recebido e pude conhecer as instalações do Clube, cheias de histórias e memórias por todas aquelas paredes. Atrás do balcão do bar com um look tabernal cortavam-se castanhas. Lá fora no pátio, desviando-nos das cagadelas dos pombos, aqueciamos as mãos e o corpo, enquanto o Pedro dava gás aos carvões e a bela castanha saía, para as dezenas de amigos e sócios presentes. Vi malta com quem já não estava há algum tempo e revi amigos. Estava um bom ambiente e a água pé digeria bem a tarde.
 
Hora de despedidas... E Pumba! Mais Quilómetros! Com ajuda cheguei ao Eixo Norte-Sul; deixei-me rolar entre o trânsito domingueiro e segui caminho. Erro nº 1. Solução 1: A8 em direção a Torres Vedras. Ia bem e juntaria o facto de passar aqui para cumprimentar o Vasco, não fosse ele estar indisponível, pela razão que muitas das vezes também me leva a ficar em casa e na melhor companhia do mundo.
 
Desliguei o telefone, vesti outra camisola e siga. Erro nº2. Em vez de ir na direção das Caldas da Raínha, por onde pretendia passar em direção a Leiria, dei por mim na serra de Montejunto, em estradas sinuosas e a passar em pequenas localidades de ruas estreitas, encadeadas nas laterais das casas sobranceiras. Duas delas foram Merceana e Abrigada. Dei com o IC2 na zona de Alcoentre e apanhei o rumo. Era a Solução 2!
O frio apertava bem. Na paragem para gota vesti as calças do fato de chuva para ajudar alguma coisa... Não sei que temperatura estava, mas áquela hora deviam estar bem menos de 10ºC.
 
Em Leiria já desgastado do frio, o Erro nº3. Em vez de seguir em direção à Figueira vou na direção de Coimbra. Uma troca de IC's provocada também pela informação díspare nos sinais verticais na zona de vias rápidas. Entra a Solução 3 e o caminho encurtava na direção a casa.
 
Depois de passar Oliveira do Bairro entrei na reserva e confiei na fezada. Ia chegar bem à N.P.G.L.C.. Cheguei e ao outro dia ainda deu para ir às bombas em Aveiro meter gota da boa!
 
Valeu o duche quente exactamente onde estão a pensar: na base de um metro por setenta! Pumba! Quentinho e com apenas mais 30 ou 40 kms e apenas uma hora a mais em relação à viagem de ida.
No fim da senda foram 530 kms para ir comer duas dúzias de castanhas, ver amigos e beber uma água pé no VCL.

sábado, 10 de novembro de 2012

Divisão da Alegria - Peter Hook no CCB

Gosto, gosto muito e não tive nunca, a oportunidade de ver ao vivo. Nada! Nem este, que era possível, ou os outros em finais de 70's...

 
"Peter Hook, baixista e fundador dos Joy Division está em Portugal para um concerto único, amanhã, quinta-feira às 21 horas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. O músico vem homenagear a memória dos tempos que partilhou com Ian Curtis e promete tocar algumas das peças mais fundamentais da banda de Manchester. Há poucas semanas lançou o livro “Unknown Pleasures - Inside Joy Division”. E falou ao JN. Artigo completo
Este do BLITZ com reportagem, demonstra a veracidade de quinta feira e que existe desde há muito tempo! Long live to Joy Division! Obrigado Ian!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vermelho Rubro


Fui apanhado pela objectiva do fotógrafo na mota da frente, enquanto acompanhavamos I Corrida Solidária Bosch ali junto à Ria, no percurso Ílhavo - Aveiro. Bom ambiente e com alguns amigos a participar.
Um trajecto bonito, com um horizonte limpo numa manhã sem sol. Choveu toda a noite mas a solidariedade merecia as tréguas de S. Pedro.
 
A cor das t-shirts do evento enquadram bem a fotografia e equilibram a imagem do Paulo. Já se nota uma novidade no Vespão. A anunciar em breve...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Camping Special

O movimento repete-se todos os anos naquele fim de semana... é quase religioso. Se calhar até é. Aqui perto, na Praia da Costa Nova celebra-se a Srª da Saúde no último Fim de Semana de Setembro. Coincidência?
 
Desde 2008 tenho ido. O conceito mudou e a logística diferenciou os verdadeiros amantes da cena.
 
Fui "às escuras" na primeira vez e o Tupperware com duas coxas de frango e duas Sagres "mornas" numa mocila quase vazia... Nunca adivinharia que havia máquina de finos ou mesas compridas e grelhadores repletos. Da segunda fiz autocolantes e uma Sopa de Lavrador que deixou saudades, repetindo-se apenas no ano seginte e nunca mais; assim se dicidiu e de tal também fui apologista.
 
Este ano fui pela primeira vez de carro para ficar uma de duas noites. A pequena Francisca fez questão de ir e até aos 7 anos será assim. A razão e o conforto que merece me obriga a tal. A tenra idade não foi impedimento para nada, a excitação da novidade originou sorrisos mil e uma noite tranquila e diferente para ela e para mim. Foi a primeira vez que acampámos juntos. Comemos o lanchinho que fizemos em casa e cozinhámos o jantar na casinha de madeira do Hans junto à Roulote-Biblioteca na companhia dos primeiros ScooterPTcampistas. Esparguete e Omoletes de Atum e Cogumelos. Vinho caseiro para partilhar. Não houve pacotes de esquisitices desidratadas nem sandes plastificadas compradas à borda da estrada. Usei o Campingás e um Trem de Campismo com mais de trinta anos, usado também pelo meu Pai. Cozinhei ali tudo e soube bem.
 
Os aposentos foram neste local. A Francisca esteve só uma noite. O Vespão chegou só no sábado. Troquei o confortável colchão de 15cm de fofinha esponja por uma esteira de espuma e o edredão de penas pelo fiel saco-cama de sempre, quando vim trazer a Pequena a casa. Desci a EN109 sozinho e ainda fui almoçar num pinhal junto da Praia de Vieira. Obrigado Rui Ferrari. O pessoal estava a arrancar da Lagoa de Ervideira e rumava à bela da esplanada! Boa estrada. Bons esticanços. Bom almoço sentado nas agulhas aquecidas pelo Sol do meio da tarde. Recusei comer do tacho na esplanada e fugi por momentos; até ser "caçado" pelo Paulo Salgado que chegava naquele momento, na teimosa e pesada CN que se recusou a ir à areia... 
 
Passei por este "ciclista longo" três ou quatro vezes. De manhã quando vim trocar a Lata pelo Vespão ele ia ali antes da Figueira. Deve ter ido apanhar umas ondas ao Cabedelo ou assim, depois ao chegar ao Tamanco tirei esta foto e na Estrada do Atlântico voltei a vê-lo... (fiz esta estrada noutra altura e com um piso ligeiramente "diferente")
 
O local do almoço. O tacho e o alentejano caseiro. Estava mesmo bem instalado e com a Parka a servir de pouso!
 
Na cavaqueira. A curtir a réstia de sol. A familiarizar. O ScooterPT assim o permite.
 
No regresso ao Tamanco a malta comprou uma cenas em conjunto para um churrasco. Não estava assim escrito mas foi bom ver o improviso de todos.
Eu já tinha o meu jantar providenciado e foi só acender o Campingás. Cada um desenrasca-se. Uma noitada digna de registo. Mas... what happens in tamanco stays in tamanco!
 
A mais bonita é a T5 do M&K.
 
Por fim a mais especial! Já na minha chegada a casa e que perguntou logo quando iamos outra vez acampar!

 
E eu prometi-lhe que agora iria comigo sempre e dali para a frente.