terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Lousã

Acho que foi a primeira do ano; à semelhança da anterior vontade de inaugurar ou encerrar calendários.

Rumei já tarde pela E.N. que vai de Aveiro a Cantanhede. O Sol aquecia um dia que amanheceu gelado. De Cantanhede a Coimbra foi um saltinho, com o Vespão a queimar minutos a 90Km/h ininterruptamente! Atravessei o Mondego e teria sido presenteado com a Melhor Bifana do Mundo - Mijacão - não fosse o avançado da hora. No Terreiro da Erva encontrei a outra Sprint e depois da bucha, em ritmo lento, procuramos a Estrada da Beira, voltamos à margem Esquerda do Mondego, atravessamos o Rio Ceira e começavam as curvas que ansiavamos; ora uma, ora outra scooter comandavam a cadência de cada curva.

Entramos na Vila da Lousã e logo sem mais delongas iniciávamos a subida para as Aldeias de Xisto. Uma visita que fiz variadíssimas vezes; chegava de comboio e rumava ao Castelo a pé. Subi por caminhos íngremes e sobranceiros, entrando nas aldeias pelos bosques de carvalhos e castanheiros... Fi-lo muitas vezes e tinha saudades. Cheguei a fazê-lo de 4L. Acampei ao Luar. Revisitei-as pela primeira vez de Vespa.









As maquinetas italianas deixaram-se conduzir suavemente pela encosta acima, na esperada estradinha de terra. Caminho pedregoso e recortado pelos raios de Sol do meio da tarde. Casal Novo, Talasnal, Vaqueirinho e Catarredor. Todas de acesso terráqueo. Cercal foi aldeia de passagem, sede da Aldeias do Xisto, já com a noite a cair na E.N. que liga a Lousã a Castanheira de Pêra. (Excelentes curvas) Antes do asfalto espreitamos cá para baixo do Alto do Trevim.
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No meio de cenário tão bucólico, podemos conversar com as pessoas das aldeias, provar os pastéis de castanha e licores (inúmeros e de tantas cores), perceber que casas pequenissímas dão bons espaços de férias ou foram reconstruídas sob uma filosofia e um estado de alma muito próprios... pode dormir-se ali sem ser ao relento, como cheguei a fazer...









Na periferia da Cidade do Mondego fomos pela estrada velha para a Figueira da Foz, passando por Tentúgal, dos Pastéis ou por Montemor-o-Velho, do Castelo. Vim de noite, escura e fria, a rogar pragas aos malditos 6V... Duzentos e muitos quilómetros depois, estava satisfeito!

(Fotografias do Cáudio - amigo da F. da Foz , piloto da outra Sprint.)

A Horta secou? Vai ao Mercado e compra mais sementes...

Há semanas que me interrogo da escassez de água no poço; que por gravidade percorre os carreirinhos desenhados à enchada e leva a inodora a todos os canteiros. O atomizador também está seco... Meus amigos isto não é obra do acaso, da seca, da conjuntura ou do aquecimento global!!
O Ninja incendiou a Horta com o seu Laser, comeu o Pequeno e Perneta Ranger ao pequeno almoço, acompanhado pelo unusual Café de Saco! Pois então amiguinhos, é por isso que há mais de dois miseráveis meses a vossa fonte de legumes e hortaliça está morta e as suas cinzas foram deitadas ao Douro!!

STOP! Acorda que estás a entrar em delírio! (neste momento recupero duma valente chapada!)










Então não é que descubro uma Máquina de Sulfatar em cobre, de um qualquer Bisavô, cheia de tão revigorante e fertilizante líquido?! Retiraram os motores de rega, venderam os atomizadores das hortas e quintais e fomenta-se a mobilidade sem fumo... Diz que ainda há lá umas sementes!











Fotografia retirada abusivamente de velocultureporto.com
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PARABÉNS CAROS AMIGOS e que os Três Trevos de Quatro Folhas vos tragam as maiores alegrias!! Que cresça a cultura VELO e o estilo de vida.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Literalmente a meio










Numa pequena ilha, no meio da Ria de Aveiro, junto à saída do Porto Comercial. Vou lá desde miúdo, de bateira, canoa, kayak...

Neste dia, como em tantos outros, o fim de tarde é magnífico e o amanhecer indescritível... O Sol desponta por detrás do Caramulo e faz a água da Ria, prata. Acampamentos ao Luar e fogueiras aquecem as noites de fim de Verão, de toda a seita de sonhadores e aventureiros da Laguna. Recordações.