terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Vouga

... e tornar momentos simples em inolvidáveis imagens mentais.



O frio da manhã arranca os ossos ao leito, num gesto lento e demorado... O som do motor desliza pela rua húmida e deserta. A estrada desaparece atrás de nós e num ápice, serpenteamos agora junto ao Vouga.

Consigo balancear-me na humidade de curvas já íntimas. sobranceiras ao rio...
Paramos e olhamos lá em cima, a união das margens. Santiago...
Cá no alto a Serra estende-se e noutro tempo, o carvão locomovia as gentes desta terra.

Perpetuámos na memória as imagens ou registámo-las numa caixa moderna, descendo.

Refizemos o tempo na neblina e chegámos à grande laguna, de brilhos ainda matinais. Posso agora ludibriar os sentimentos antigos e renovar a ânsia de viver, hoje ainda.

fotos:lgomes

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