sábado, 2 de janeiro de 2010

Dead Kennedys

A história dos Dead Kennedys começa quando Eric Boucher respondeu a um anúncio que procurava por vocalistas para uma banda rock. O autor do anúncio era o guitarrista East Bay Ray e Eric tornou-se Jello Biafra. Aos dois juntariam-se ainda o baixista Klaus Fouride e um segundo guitarrista, apenas conhecido pela alcunha 6025 e o baterista Bruce Slesinger.

Estavamos em 1978 e a política americana agonizava nas mãos conservadoras. A repressão e a insatisfação social tornavam o período excepcionalmente propício ao surgimento de um novo movimento musical: o Hardcore.
Logo nos primeiros concertos da banda ficou claro que as letras seriam o foco central das suas criações. Sátiras ácidas e críticas profundas ao comportamento social americano, à política interna e externa dos EUA da época. O discurso inflamado e as grandes perfomances dos Kennedys arrastam os primeiros fans... Em 1979 e cientes de que nenhuma editora iria lançar uma banda tão controversa, Biafra cria a sua pópria, nascendo a Alternative Tentacles. Neste ano é lançado o primeiro single, com California Übber Alles, uma crítica directa ao então governador da Califórnia Jerry Brown e Holiday in Camboja, ácido hino anti-belicista repleto de humor negro. Biafra, militante político anarquista e agitador cultural, candidata-se a Mayor de S. Francisco, ficou num honroso quarto lugar...


Em 1980 sai Fresh Fruit for Rotten Vegetables, disparando para todos os lados!! Política, Igreja, Polícia, Escola, Estado, Sociedade, Televisão... é considerado o melhor álbum da banda até hoje. Em 1986 sai o último disco dos Kennedys, Bad Time for Democracy e a partir daqui a banda separa-se dando continuidade aos projectos pessoais de cada um. Após a separação, a Levi's quis utilizar Holiday in Camboja numa publicidade da marca. Jello, como era de esperar foi contra, mas os outros elementos da banda insurgiram-se e pela soma avultada desencadeou-se uma briga nos DK, ficando Biafra impedido de usar as suas músicas, que exigiu o direito às mesmas na justiça. Seguiu uma carreira a solo e cantou nos concertos de bandas como Pennywise, Soulfly ou Bad Religion. Gravou com Ministry e Sepultura e com a Alternative Tentacles produz outras bandas.
Em 2001 saiu o único disco ao vivo oficial de DK, Mutiny on the Bay, com os primeiros hinos e com um dos inúmeros discursos contra a guerra de Jello Biafra.

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