sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Magusto VCL

Nos dias anteriores prometia-se chuva, mau tempo incessante... Eu queria ir. Fui. O Sol mostrou-se envergonhado pelo frio. À noite, na vinda, cortava bem.
 
Ao meio-dia dei ao kick's e meti-me na estrada. A madrasta EN109. Detesto-a pelas melhores razões. Há dois "eventos grandes" na zona da foz do Mondego... Faço esta estrada muitas vezes e odeio sabê-la de cor!
 
O Vespão tem andado a portar-se bem. A estrada quer senti-lo sobre o seu asfalto e desgastar-lhe a borracha aos S83. Por acaso até preciso de uns novos!
 
Consumidos mais de 150 kms páro para meter gota, aconchego o pescoço, reaperto o casaco depois de um café e sigo sempre o IC1. Há uma zona que muitos devem conhecer, em que o negro do alcatrão dá lugar a um miserável e perigoso piso de cimento com uns peculiares desenhos de linhas ondulantes no sentido da marcha. Hipnotizante circulando à velocidade estonteante de 80 ou 85 km/h numa Vespa! Mal o menos,tal era o vento forte em rajadas constantes ora da esquerda, ora da direita. Nunca o apanhei a favor... nem à vinda já noite dentro. Entrei em Lisboa pela EN10 e depois de uma série de túneis cheguei à Av. Infante Santo e à sede do Vespa Clube de Lisboa às 15:45 horas.
 
Fui bem recebido e pude conhecer as instalações do Clube, cheias de histórias e memórias por todas aquelas paredes. Atrás do balcão do bar com um look tabernal cortavam-se castanhas. Lá fora no pátio, desviando-nos das cagadelas dos pombos, aqueciamos as mãos e o corpo, enquanto o Pedro dava gás aos carvões e a bela castanha saía, para as dezenas de amigos e sócios presentes. Vi malta com quem já não estava há algum tempo e revi amigos. Estava um bom ambiente e a água pé digeria bem a tarde.
 
Hora de despedidas... E Pumba! Mais Quilómetros! Com ajuda cheguei ao Eixo Norte-Sul; deixei-me rolar entre o trânsito domingueiro e segui caminho. Erro nº 1. Solução 1: A8 em direção a Torres Vedras. Ia bem e juntaria o facto de passar aqui para cumprimentar o Vasco, não fosse ele estar indisponível, pela razão que muitas das vezes também me leva a ficar em casa e na melhor companhia do mundo.
 
Desliguei o telefone, vesti outra camisola e siga. Erro nº2. Em vez de ir na direção das Caldas da Raínha, por onde pretendia passar em direção a Leiria, dei por mim na serra de Montejunto, em estradas sinuosas e a passar em pequenas localidades de ruas estreitas, encadeadas nas laterais das casas sobranceiras. Duas delas foram Merceana e Abrigada. Dei com o IC2 na zona de Alcoentre e apanhei o rumo. Era a Solução 2!
O frio apertava bem. Na paragem para gota vesti as calças do fato de chuva para ajudar alguma coisa... Não sei que temperatura estava, mas áquela hora deviam estar bem menos de 10ºC.
 
Em Leiria já desgastado do frio, o Erro nº3. Em vez de seguir em direção à Figueira vou na direção de Coimbra. Uma troca de IC's provocada também pela informação díspare nos sinais verticais na zona de vias rápidas. Entra a Solução 3 e o caminho encurtava na direção a casa.
 
Depois de passar Oliveira do Bairro entrei na reserva e confiei na fezada. Ia chegar bem à N.P.G.L.C.. Cheguei e ao outro dia ainda deu para ir às bombas em Aveiro meter gota da boa!
 
Valeu o duche quente exactamente onde estão a pensar: na base de um metro por setenta! Pumba! Quentinho e com apenas mais 30 ou 40 kms e apenas uma hora a mais em relação à viagem de ida.
No fim da senda foram 530 kms para ir comer duas dúzias de castanhas, ver amigos e beber uma água pé no VCL.

3 comentários:

  1. Grande Barreto,

    Muito bem, só tive pena de não poder receber-te e acompanhar-te, nem sequer sabia do Magusto do VCL. Se foste pela Abrigada deste uma boa volta, mas em contrapartida gozaste boas curvas, embora seja muito melhor de dia, e sem o frio a rachar.

    Um abraço,
    Vasco

    ResponderEliminar
  2. Grande Barreto!
    Obrigado pela tua companhia, e pelos kms que fizeste para estar connosco.
    Espero que tenhas gostado da nossa sede que como bem dizes, tem muita história naquelas paredes.
    É sempre um prazer receber os amigos, mas confesso, e desculpem-me os outros, tem sempre um sabor especial receber os amigos que vêm de longe para passar um dia connosco.
    Forte abraço

    ResponderEliminar
  3. Valeu-te portanto o um metro por setenta :)
    Para castanhas não, mas para ver amigos faz-se os Km's que aparecerem.
    Gosto da ultima foto.

    ResponderEliminar