sábado, 3 de julho de 2010

Resignação

À sombra de um deus
Decrépito e sem cor,
Regem-se os doutores.
Pseudónimos da basilidade
Em agitações quotidianas.
E abraçam-se medos.
Quem é o teu suor?
Quem é o teu suor?
Abrasado o corpo,
Adormece a alma, em mutilação
Reciprocamente infligida
Nos chacais
Do teu branco rosto.
Morre-se em podres psicobarbáries,
Acontecem projecções fotovoltaicas
Em cérebros cansados.
Ou mortos...
E os doutores faíscam dourados!
Em fogueiras de silvos.
E aplausos de paz.
Num descanso de morte.
Um repouso de amor...
Aconchego de carne perfumada.
Flores vermelhas.

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