A Pasteleira ou A Yé-Yé

É um facto que as modas são assim, meias parvas...

E quando os restauros das motas antigas atingem o topo nos gráficos comparativos, os garageiros e oficinas da especialidade viram-se para um novo nicho: As Bicicletas Antigas. E os preços (devido à moda?) são tal qual como os da "Vespa com Dois Banquinhos"! Inflacionados ao máximo para o mais incauto pisar ramo verde!

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Ora bem... esta veio no "bom tempo" cá ter a casa! Roubaram-me uma Bike que usava para ir para o trabalho; era do meu pai, pintada à trincha por ele e com os manípulos das mudanças no tubo diagonal de um quadro de aço JOFEAL. Branquinha, guarda-lamas e tudo! Cães!! E como presente para ele, juntei o útil ao agradável; o meu pai fica com umas "rodas" novas para quando precisar e eu dou uns giros com a Francisca na "Cadeirinha".

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Já estava, num cantinho do palheiro, a Rudge do Avô João, à espera que a freuma dos garageiros passasse e este achado (usada, com pintura nova, alguns cromados trocados por zincados e com um mínimo de bom aspecto) surge numa Oficina-Daquelas-À-Beira-Da-Estrada. Parei e negociei o preço, pouco mais de uma centena de euros, com selim em couro de molas grandes e direito a bomba de ar. Aceitável... é um Quadro Sangal com travões de alavanca, também Sangal e sem "pormenores de verdadeiro restauro", pois também não é o que pretendo.

A do Avô João merece sim uma "coisa de jeito", até por ter sido sempre veículo diário do octogenário, por ser da década de 50, ter travões de cinta (tambor) e um valor sentimental grande. Cacei grilos e deslumbrei-me em paisagens bucólicas sentado numa "Cadeirinha" montada no quadro dessa Pasteleira do Avô. E esta Yé-Yé permite-me fazê-lo agora com protagonista ao volante e com a minha Francisca na "Cadeirinha" nova.

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