Cá está ela! E muita... Na subida à Torre e na passagem por perto dos 2000 mil metros de altitude, pude sentir a Grande Mãe Natureza e a pequenez do Homem...
O Vespão Vermelho, do alto dos seus 42 anos, coloriu o branco e afastou o nevoeiro, numa viagem que termina nas Penhas da Saúde sem chuva, com um frio bom e a satisfação do dever cumprido!
Depois de uma sandes altamente regional no Sabugueiro, um vinho tinto de Vila Nova de Tazém (recomendo e vende-se por aí) e uma Aguardente de Zimbro para aquecer (aconselho) e de umas brincadeiras e fotos na neve, onde até se experimentou a sensação de conduzir num trilho com meio metrinho de altura de neve... lindo!
Estavamos prontos para o pior fim de semana do ano, climatericamente falando.
O calor do fogo, as palavras dos amigos e o sabor dos regionais presuntos, chouriços, queijos e vinhos aqueciam a primeira noite. Chegavam por fim os últimos guerreiros, vinham de Lisboa... Ao fim da tarde chuva intensa e frio caíram em força e encharcavam até aos ossos os viajantes das pequenas scooters italianas. Juntos ao fogo aqueceram-se os corpos e já no leito preparou-se o dia seguinte.
Da chuva e do vento protegeram-se as Vespas e não se arriscou a condução perigosa rumo ao Albertino em Folgosinho. Contornámos a Serra da Estrela pelo Lado Norte de autocarro e deliciámo-nos num repasto repleto de iguarias e na confraternização em volta dos mais variados assuntos.
A noite desceu fria e a neve caiu grossa, para novas brincadeiras em frente à Pousada enquanto se preparava a Bela Sopa de Feijão e Legumes. ("até porque isto não é uma Dobló e sobe, carago!")
O jantar foi tardio e o cansaço surgiu às quatro da matina. Sonhos descansados...
De manhã após o pequeno almoço, escapámos às quedas no gelo e a descida para a Terra da Lã, fez-se em asfalto seco e podemos tirar as últimas fotos de grupo, ali junto aos túneis do Fundão.
Eu e o Bob rumámos a Norte, pelo lado Sul da Serra e a malta de Lisboa rumo a Castelo Branco com passagem em Monsanto (vale a pena a visita).
Alpedrinha, Tortosendo e começa o dilúvio que não parou mais até Aveiro! Passagem por Unhais da Serra e Vide, Oliveira do Hospital, Tábua e um cabo de acelarador substituido ali na berma... seguimos pelo IP3 até Penacova, descendo por Sazes do Lorvão, Luso e Vila Nova de Monsarros. Separámo-nos na Malaposta e o Bob seguiu o IC2 para o Porto, vim por Sangalhos até Ílhavo, gelado e molhado até aos ossos! Mas de sorriso nos lábios... Excelente!
Venham também para o ano e não sejam meninos! Mais fotografias aqui e aqui.